A melhoria da performance dos times de trabalho tem se tornado um tema recorrente nas agendas gerenciais. A instabilidade de cenário, a pressão por eficiência e a necessidade de garantir a sustentabilidade dos resultados atuais tem tirado o sono de executivos e profissionais das áreas de suporte à gestão de pessoas. Em momentos de grandes competições, como o da copa do mundo ou mesmo o campeonato brasileiro, essa temática ganha contornos ainda mais interessantes, uma vez que a analogia entre o desempenho dos times em campo e os resultados das equipes de trabalho se torna inevitável.
Ao analisar diferentes autores e visões sobre o que leva uma equipe a obter uma performance superior às demais, pode-se identificar alguns pontos de convergência. Esses pontos de convergência entre o ambiente esportivo e o contexto organizacional podem estimular uma ampliação da discussão dos fatores que conduzem um conjunto de pessoas ao sucesso ou ao fracasso.
Continue a leitura do nosso artigo e entenda como na empresa e no esporte as equipes de alta perfomance são um elemento importantíssimo para o sucesso.
Pontos de convergência entre empresa e esporte
O primeiro ponto de convergência se refere à composição da equipe. A diversidade de capacidades, nível de maturidade e domínio de técnicas mostram-se essenciais para uma elevada performance. Por isso, um processo seletivo consistente e criterioso parece ser o primeiro fator que impulsiona a formação de um time competitivo. Para isso, recomenda-se a utilização de múltiplos métodos de avaliação, a inclusão de vários avaliadores e o acompanhamento sistemático de realizações anteriores de cada candidato a compor o time.
O segundo ponto fala sobre o desenvolvimento das competências de cada participante. O treinamento contínuo e o investimento intenso em processos avaliativos estruturados são uma condição essencial para o aprimoramento das capacidades de cada membro. Além disso, os processos de avaliação enriquecem a percepção do indivíduo sobre suas capacidades e limitações, empoderando-o e possibilitando a remoção de bloqueios ou limites que afetem sua performance nas ações individuais e coletivas. Outro aspecto que deve ser considerado é que ações de treinamento e avaliação permitem uma melhor coesão do grupo permitindo a discussão de questões relacionais ou mesmo dúvidas sobre comportamentos adequados, que podem ser tratadas preventivamente.
Um terceiro ponto refere-se ao reconhecimento. Culturalmente, há uma tendência à supervalorização do talento individual e o processo de reconhecimento acaba por enfatizar a relevância de um em detrimento dos demais membros do time. Cabe ressaltar que, em contextos de resultados interdependentes, o reconhecimento coletivo e a construção de critérios objetivos e de fácil entendimento são essenciais para que se possa valorizar e diferenciar esforços de conquistas. Aprender a reconhecer esforços permite estimular a evolução, enquanto aprender a celebrar conquistas permite fortalecer a identidade do time e ampliar sua auto-eficácia. Dessa forma, é recomendado que a instituição reconheça o coletivo, pois o próprio time irá reconhecer as contribuições individuais.
É claro que esses três pontos não garantem o pleno sucesso de um time, pois há variáveis incontroláveis que podem afetar as conquistas. Contudo, a ausência dessas práticas certamente irá dificultar muito a implantação e a gestão de times de alto desempenho. Afinal, uma conquista nem sempre dependerá somente da performance, mas com certeza a derrota é muitas vezes reflexo da ausência de ações de gestão.
Continue acompanhando os artigos do Blog do Ship. Mais conhecimento para ajudar na busca por mais vitórias!